CulturaRegionalSilene Santos

As heranças culturais que o Brasil recebeu de africanos e indígenas

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Europeus invadiram as Américas, tentaram a todo custo catequizar e introduzir a cultura europeia nos povos indígenas que encontraram por aqui, escravizaram milhões de africanos, arrancaram essas pessoas de suas famílias e as trouxeram para o outro lado do Atlântico. Tudo isso durou, oficialmente, 388 anos – de 22 de abril de 1500 (quando os portugueses chegaram ao Brasil) a 13 de maio de 1888 (quando a Lei Áurea foi assinada, apenas 135 anos atrás). No entanto, esses povos oprimidos conseguiram preservar parte de seus costumes e, hoje em dia, são muitos os hábitos culturais que herdamos de africanos e indígenas.

Escravidão – A economia de diversos países foi sustentada e erguida com base na escravidão e exploração de pessoas negras. Elas, por sua vez, lutaram contra mais de 300 anos de opressão e deixaram diversos de seus hábitos em várias outras culturas das Américas.

Capoeira – A capoeira é uma arte marcial que mistura musicalidade e dança como uma forma de “disfarce”. Os africanos escravizados usavam a música e a dança para que os “senhores” não percebessem que a capoeira, na verdade, era uma forma de expressão e defesa de toda a opressão vivida na escravidão.

Religião –

A religião é outro ponto fundamental da cultura que nos foi passada pelos africanos escravizados. Eles trouxeram para as Américas todas as suas crenças e deuses. Troxeram o Candomblé nos navios negreiros e desenvolveram a Umbanda por aqui.

Religião – Os colonos europeus tentaram forçar o catolicismo sobre os escravos africanos e os índios. Os negros eram proibidos de praticar os seus rituais religiosos, e foi por causa dessa proibição que surgiu o famoso sincretismo religioso: uma forma de manterem suas próprias crenças, porém disfarçadas da religião imposta. Imagens de santos da Igreja Católica eram usadas para cultuar seus próprios deuses. O orixá Iemanjá, por exemplo, é representada no sincretismo como Nossa Senhora da Conceição.

Comida – Na alimentação, foram inúmeras as heranças que os escravizados nos deixaram, como a feijoada e o angu.

Música – Quando o assunto é música, foram muitas as heranças culturais musicais deixadas pelos africanos escravizados como o tambor, o berimbau, o reco-reco, a cuíca, o agogô entre outros.

Música – O samba, um ritmo tão expressivo no Brasil, só foi criado no século XIX, com elementos musicais herdados da África e da Europa. Oficialmente, o primeiro samba a ser gravado foi ‘Pelo Telefone’ (1917) pelo músico carioca Donga. A palavra “samba”, no entanto, tem origem muito mais antiga com algumas prováveis derivações: do quimbundo semba, que significa umbigada; do umbumdo samba, que significa ficar animado; ou da língua luba que significa pular ou saltar com alegria. Antes do samba ser oficialmente criado, as batucadas eram uma forma dos africanos exaltarem suas divindades.

Indígenas – Como todo mundo sabe, quando os colonos chegaram nas Américas, os indígenas já estavam aqui, com seus costumes e sua rica cultura. Muitos dos hábitos que temos hoje foram herdados da população local.

Comida – O uso da mandioca na culinária do dia a dia também é outra herança alimentar, mais por parte dos indígenas, que já se alimentavam disso quando Pedro Álvares Cabral aqui chegou. No entanto, os africanos também adotaram o alimento na sua alimentação cotidiana.

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