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CBF autoriza competições mistas amadoras no Brasil: ‘Democratizar e massificar’

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) regulamentou nesta quarta-feira, Dia Internacional da Mulher, as equipes mistas em torneios amadores do futebol brasileiro. A decisão autoriza que equipes sejam formadas por homens e mulheres e que equipes femininas possam participar de torneios masculinos, a critério dos organizadores e federações.
“Com esta mudança, pretendemos democratizar e massificar a prática do futebol pelas atletas, removendo barreiras para o surgimento e o desenvolvimento de novos talentos. A CBF tem investido muito nas Seleções e nas competições femininas de alto rendimento, que contam hoje com um calendário de competições nacionais a partir da categoria sub-17. O topo da pirâmide está relativamente bem estruturado, mas assentado sobre uma base frágil”, afirmou o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

O mandatário também avaliou a medida como fundamental para corrigir problemas na formação de atletas mulheres no Brasil. Para ele, a ação incentivará a participação das jovens no futebol.

“É importante destacar que o futebol misto trabalha com a massificação e a inclusão. Faltam equipes e, sobretudo, competições amadoras em nível local e regional nas primeiras categorias de iniciação e formação desportiva, como a sub-10, sub-12, sub-14. Acredito firmemente que a regulamentação do futebol misto ajudará a corrigir este problema, incentivando a participação de milhares de jogadoras em equipes e competições mistas. Com o tempo, o aumento no número de atletas registradas também poderá levar à criação de equipes e competições exclusivamente femininas nas categorias mais jovens”, explicou Ednaldo.

A decisão, porém, não afetará as equipes femininas e torneios exclusivos para mulheres. Outra alteração diz respeito ao “Mecanismo de Dispensa Etária do Futebol Misto”, que define que jogadoras do sub-17, por exemplo, podem participar de torneios masculinos do sub-13.

Quem também comentou a novidade foi a técnica Pia Sundhage, comandante da seleção brasileira feminina. A sueca relembrou sua formação como atleta para mostrar apoio à novidade.

“Eu tive sorte porque quando eu era criança, eu jogava futebol com meninos. Isso não tem nada a ver com meninos ou meninas, e sim com o futebol. Se nós conseguirmos criar espaços onde se pratica o esporte, não importa se é uma menina ou menino. É uma oportunidade muito grande para todos nós que jogamos futebol”, afirmou a sueca.

FOLHAPRESS

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