O ministro da Justiça licenciado, senador Flávio Dino (PSB-MA), afirmou que os relatos do senador Marcos do Val se “somam” a outros e “fortalecem a ideia” de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas próximas a ele podem ter algum envolvimento, não apenas político, mas também “jurídico” com os atos golpistas de 8 de janeiro.
“Estamos diante de um fato novo que fortalece a ideia que, além da responsabilidade política, há cada vez mais indício conducentes à responsabilidade jurídica do ex-presidente, pessoas ligadas a ele”, afirmou Dino nesta quinta-feira, 2, ao deixar o plenário do Senado após a eleição da Mesa Diretora da Casa. Ele reassume a Justiça ainda nesta quinta, depois de ter tomado posse como senador na véspera.
“O ex-ministro da Justiça (Anderson Torres) tinha em casa um planejamento de golpe de Estado. São tijolos que vão se somando em um edifício de golpe de estado. Quem eram os arquitetos, engenheiros e mandantes, a investigação vai mostrar”, completou Dino.
Do Val gravou uma live esta madrugada para dizer que foi coagido por Bolsonaro a se aliar a ele em um golpe de Estado. No final da manhã, contudo, o senador amenizou a versão e disse que foi o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), preso nesta quinta por outras questões, quem conduziu a conversa. O parlamentar afirmou ainda que relatou o caso ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.