Ministro anuncia programa de passagens aéreas a R$ 200 ; Saiba quem terá direito
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), detalhou nesta segunda-feira (13) o “Voa Brasil”, programa com passagens aéreas a R$ 200 que será voltado a estudantes do Fies, aposentados e pensionistas do INSS e servidores que ganham até R$ 6,8 mil.
A previsão é de que quase 12 milhões de passagens sejam emitidas por ano dentro do programa.
Os beneficiados poderão comprar duas passagens por ano, por R$ 200 cada uma, e parcelar o valor em 12 vezes, por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal (que ficará responsável por pagar as companhias áreas).
O ministro negou que haverá subsídio do governo, citou também o Banco do Brasil (BBAS3) além da Caixa e disse que a ideia é que as aéreas tenham um segmento dentro de seus programas de fidelidade dedicado ao programa.
“O governo não entra com subsídio, ele ajuda a financiar, mas é tarefa da Caixa financiar”, disse França. “A diferença é que essas pessoas têm renda garantida. Vai ser uma espécie de consignado, quando der OK vai ser descontado da Previdência, do salário, não tem intermediação de banco, é 100% sem inadimplência”.
Fora de temporada
As passagens a R$ 200 ficarão restritas a um período específico do ano, de menor demanda: da segunda metade de fevereiro até junho e entre agosto e novembro. O ministro diz que o programa pode começar já no segundo semestre, com 5% da capacidade ociosa das aeronaves. A porcentagem subirá 5 pontos percentuais por semestre, até chegar a 20%.
“Descobrimos obviamente que, durante os meses intermediários, aviões saem com 21% de passageiros a menos”, afirmou França. Na avaliação do ministro, o programa vai provocar uma redução no preço geral nas passagens, uma vez que reduz a ociosidade enfrentada pelas companhias áreas.
Preços mais baratos?
Ele disse que as ações das empresas teriam subido pelo entendimento de que a partir do programa “vão voar lotadas”. “Temos uma luta paralela, que é o preço do combustível de aviação [QAV], a gente quer que seja reduzido. Mas as companhias estão fazendo seu papel, oferecendo ao governo um voo mais barato para muitas pessoas”.
França afirmou que quer mais empresas disputando o mercado brasileiro e que uma “nova está chegando agora” (sem dizer qual). “Número de aeroportos diminuiu porque voos ficaram concentrados em aeronaves maiores. Queremos várias empresas disputando, vai ter uma nova chegando agora que vai disputar mercado”.
Com Estadão Conteúdo