Juazeiro do Norte. Equipes que atuam nas investigações sobre a morte da presidente da Câmara de Vereadores deste município, Yanni Brena, de 26 anos, e de seu namorado, Rickson Pinto, de 27 anos, não descartam a possibilidade da parlamentar ter sido vitima de feminicídio. As suspeitas, conforme fontes ligadas ao setor de Segurança Pública que acompanham o caso, são de que ela tenha sofrido uma esganadura, ocasionando-lhe asfixia.
A causa da morte ainda não foi confirmada através de laudo técnico, que deve ser apresentado pela PEFOCE nas próximas horas. Porém, os sinais presentes no corpo da vitima favorecem a ideia de que ela não morreu por enforcamento, como sugere a cena vista hoje cedo por policiais civis e militares e pelos peritos que investigam a morte do casal.
Num dos quartos da casa onde Yanni residia, localizada no bairro Cidade Universitária, os corpos dela e do namorado foram encontrados suspensos, um ao lado do outro, em um suporte de televisão afixado em uma das paredes do cômodo. As características de um duplo suicídio, no entanto, acabam confrontadas por pequenos vestígios encontrados pelos peritos.
“Há duas situações que chamaram muito a atenção da equipe. A primeira são as marcas ao redor do pescoço, características de esganadura. A outra, são as marcas muito latentes na região do tórax dela, que deixam a impressão de luta corporal, ou de uma tentativa de criar resistência contra algo”, informou uma fonte do setor de Segurança, cujo nome será preservado.
A polícia, conforme a fonte, também já tem ciência de vídeos que teriam sido encaminhados pela vítima a uma pessoa próxima. Nos vídeos, Yanni Brena teria informado que havia sido agredida na noite anterior a descoberta de seu corpo. “Sim, há esses vídeos. Uma pessoa próxima a ela recebeu e neles ela fala sobre agressões que estava sofrendo na referida noite”.
A mesma fonte não soube informar, entretanto, se os peritos haviam encontrado marcas de agressões ou qualquer outro indicio que esclarecesse a morte do namorado da parlamentar.
“Vamos aguardar o laudo oficial da Pefoce. Nada está sendo descartado, nem mesmo a possibilidade, mesmo que remota, de uma terceira pessoa presente ao local na hora do ocorrido. A área continuará preservada, evitando que haja contaminação numa possível região de crime, e todas as técnicas, incluindo o luminol, serão utilizadas para o esclarecimento de todos os fatos”, finalizou a fonte.
*POR – ROBERTO CRISPIM