Acidentes domésticos estão entre as principais causas de mortes na terceira idade

A redução da mobilidade e do equilíbrio, comuns a partir dos 60 anos, são os principais fatores que contribuem para o elevado índice de quedas e acidentes de idosos em casa. Essas mudanças estão associadas aos efeitos naturais do envelhecimento, especialmente a sarcopenia e a osteoporose, as quais correspondem à perda de força muscular e de massa óssea, respectivamente.
Além dessas fragilidades, é natural surgirem outros problemas de saúde, como sonolência, tonturas e disfunções neurológicas. Elas também podem aumentar o risco de desequilíbrio, resultando em traumas ou fraturas graves. De acordo com o último censo demográfico divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa no país mais do que dobrou, representando um aumento de 56% em comparação à pesquisa anterior.
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos acidentes com idosos ocorre dentro de casa. Por isso, é fundamental redobrar os cuidados no ambiente doméstico, evitando tapetes soltos, pisos escorregadios e móveis que atrapalhem a locomoção. Investir em barras de apoio no banheiro, calçados antiderrapantes e corrimãos em escadas são medidas essenciais para proporcionar maior segurança e equilíbrio.
Thais Caetano, docente do curso de Terapia Ocupacional do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Juazeiro do Norte, ressalta a importância de idosos contarem com a presença de profissionais qualificados para prevenir quedas e fraturas graves. “Avaliar o contexto familiar e como as atividades diárias são realizadas pelas pessoas na terceira idade é fundamental. O acompanhamento em terapia ocupacional envolve a avaliação e as atividades baseadas em elementos da rotina”, explica.
Outra recomendação para garantir o bem-estar e combater a perda muscular é investir na prática de atividades físicas, aliadas a uma alimentação balanceada. Exercícios de baixo impacto, como alongamento, dança ou ginástica, podem ser incorporados ao treinamento motor e ao fortalecimento da musculatura. “Utilizamos atividades que mais agradam aos pacientes e são significativas em seu momento atual ou em sua história de vida, como dança ou esportes, visando estimular a manutenção da autonomia, do equilíbrio e da segurança”, afirma Thais.
*COLABOROU: LÍVIA MONTEIRO